quarta-feira, 1 de abril de 2009

Relação do desenvolvimento e da Educação ao longo da Vida

Desenvolvimento é um processo complexo que envolve múltiplas variáveis organizadas em sistemas e subsistemas que interagem entre si. Quando falamos em desenvolvimento humano, temos de ter em conta vários factores: anátomicos, bioquímicos, neurofisiológicos, motores, perceptuais, cognitivos, linguísticos e sociais. Nenhum destes subsistemas pode ser encarado de forma independente e autónoma. Todos estão interligados por relações interactivas, isto é, a modificação de um tem como consequências alterações em todos os outros sistemas.São várias concepções e teorias sobre o desenvolvimento, que se destiguem pelos os princípios de que partem, bem como pelos aspectos que privilegiam.

Piaget apresenta uma teoria que privilegia o aspecto cognitivo, do desenvolvimento, encarando como um processo descontínuo, uma evolução por quatro estádios que correspondem a uma progressiva adaptação do sujeito ao meio.

Freud apresenta uma teoria que privilegia a evolução da psicossexualidade, identificando cinco estádios psicossexuas. A sexualidade é vivenciada de forma diferente em cada estádio, sendo cada estádio atravessadopor conflitos específicos.

Erikson apresenta uma teoria que encara o desenvolvimento como um processo que decorre desde o nascimento até á morte. Distingue oito idades do ciclo de vida, sendo cada uma delas atravessada por crises. Dá particular importância à componente psicossocial do desenvolvimento, ao passado sociocultural do sujeito.
É no interior da sociedade que o homem vive, se constrói e luta pela a sua existência e por auilo que fará feliz, sendo uma abstracção o conceito de homem isolado.

Socialização processo pelo o qual os indivíduos aprendem as atitudes, crenças e comportamentos apropriados à sua cultura. Pela socialização aprendemos modelos/referências que temos como algo que devemos seguir. A socialização faz-se de uma geração para a seguinte.

Existe 2 tipos de socialização: primária e secundária. Numa primeira fase da vida de um ser humano, a socialização é levada a cabo pela a familía. Numa segunda fase, a escola assume um papel activo nessa socialização.

A aprendizagem ao longo da vida é “toda a actividade de aprendizagem em qualquer momento da vida, com o objectivo de melhorar os conhecimentos, as aptidões e competências, no quadro de uma perspectiva pessoal, cívica, social e/ou relacionada com o emprego."

A amplitude desta definição chama a atenção para o leque das categorias básicas de actividade de aprendizagem, nomeadamente a aprendizagem formal, não formal e informal, para além da inclusão de todas as fases da aprendizagem, desde a infância à reforma. A ideia de aprendizagem nasce no século XIX, com o surgimento dos primeiros movimentos que advogaram e promoveram a educação de adultos em ambientes não escolares, através de programas para a nova classe trabalhadora industrial.

É claro que o principal objectivo destas iniciativas não era a preparação dos adultos para as tarefas do trabalho. As suas razões eram, sobretudo, “de natureza cultural, social e, indirectamente, política” (Kallen, 1996), facultando aos novos trabalhadores o acesso à cultura e ao conhecimento. Como refere Kallen (1996), a “emancipação social e cultural”, o “poder cultural”, uma “cultura democrática e popular”, e um “novo humanismo” estavam entre as palavras de ordem dos movimentos de “educação popular” e de “educação dos trabalhadores.

O desenvolvimento ao longo da vida significa que, se uma pessoa tem o desejo de aprender, ela terá condições de fazê-lo, independentemente de onde e quando isso ocorre. Para tanto, é necessária a confluência de três factores: que a pessoa tenha a predisposição de aprendizagem, que existam ambientes de aprendizagens (centros, escolas, empresas, etc.) adequadamente organizados e que haja pessoas que possam auxiliar o aprendiz no processo de aprender (agentes de aprendizagem), para além de que esta aprendizagem deve ir ao encontro das necessidades do mercado de trabalho se quiser fazer face ao desemprego.

Bibliográfia:
Monteiro, Manuela Matos;
Pereira, Noémia ,
Preparação para o Exame Nacional 2006
Porto Editora

segunda-feira, 30 de março de 2009

"Do trabalho e da experiência aprendeu o homem a ciência."

O homem , ao longo da sua vida, e com o seu trabalho, vai adquirindo experiências, ou maneira de contornar as dificuldades que encontra no seu dia -a-dia, e ao contornar essas dificuldades, vai ficando com mais sabedoria para ultrapassar os problemas ou dificuldades que possam aparecer pela a sua frente.
Na nossa vida quotidiana necessitamos de um conjunto muito vasto de conhecimentos, relacionados com a forma como a realidade em que vivemos funciona: temos que saber como tratar as pessoas com as quais nos relacionamos,temos que saber como nos devemos comportar em cada uma das circunstâncias em que nos situamos no nosso dia-a-dia.
O senso comum é um saber que nasce da experiência quotidiana, da vida que os homens levam em sociedade. É, assim, um saber acerca dos elementos da realidade em que vivemos; um saber sobre os hábitos, os costumes, as práticas, as tradições, as regras de conduta, enfim, sobre tudo o que necessitamos para podermos orientar-nos no nosso dia-a-dia: como comer à mesa, acender a luz de uma sala, acender a televisão, como fazer uma chamada telefónica, apanhar o autocarro, o nome das ruas da localidade onde vivemos.
O conhecimento científico é o que é produzido pela investigação científica, através de seus métodos. Surge não apenas da necessidade de encontrar soluções para problemas de ordem prática da vida diária, mas do desejo de fornecer explicações sistemáticas que possam ser testadas e criticadas através de provas empíricas.
Quando o homem sai de uma posição meramente passiva, de testemunha dos fenómenos, sem poder de acção ou controle dos mesmos, para uma atitude racionalista e lógica, que busca entender o mundo através de questionamentos, é que surge a necessidade de se propor um conjunto de métodos que funcionem como uma ferramenta adequada para essa investigação e compreensão do mundo que o cerca. O homem quer ir além da realidade imediatamente percebida e lançar princípios explicativos que sirvam de base para a organização e classificação que caracteriza o conhecimento.

Perguntas pertinentes sobre o desenvolvimento do ser humano.

Considera a pergunta: "Qual tem maior influência no desenvolvimento: o meio ou a hereditariedade?"

Compare o modelo de Freud com o modelo de Erikson, pondo em evidência as suas semelhanças e diferenças.

Explica a importância dos estádios psicossexuais no desenvolvimento da personalidade, na perpectiva de Freud.

Explica a importância da relação mãe-bebé no processo de desenvolvimento do ser humano.

Descreve o papel da "crise" no processo de desenvolvimento do ser humano.